Dicas de nutrição: vale a pena lembrar
Por Mônica Benarroz – Nutricionista do Grupo COI
Um velho ditado diz: “Prevenir é melhor que remediar”. Por isso, estamos enfatizando o que a renomada instituição internacional Fundo Mundial de Pesquisa contra o Câncer/Instituto Americano para Pesquisa do Câncer (WCRF/AICR) recomenda há muitos anos. Vejamos:
1. Tenha o menor peso corporal possível, sem se tornar desnutrido. O excesso de gordura corporal altera a forma do corpo e também provoca alterações metabólicas que estimulam o desenvolvimento do câncer.
O indicador utilizado para avaliar o peso adequado é o Índice de Massa Corporal (IMC), que pode ser calculado da seguinte forma: divide-se o peso corporal pela altura ao quadrado. O resultado deve ficar na média de 23. Valores abaixo de 18,5 são considerados desnutrição, e superiores a 24,99, sobrepeso.
2. Faça pelo menos 30 minutos de caminhada todo dia. Qualquer tipo de exercício ajuda a reduzir os fatores de risco para o câncer, como o ganho de peso e o controle hormonal, por exemplo. Por isso, seja o mais ativo possível.
3. Evite bebidas com açúcar (refrigerantes, sucos industrializados, guaraná natural, etc.) e alimentos muito calóricos (biscoitos, massa folhada, pão de queijo, salgadinhos, etc.) porque são pobres em nutrientes e facilitam o ganho de peso e a obesidade.
4. Aumente o consumo de frutas, legumes e verduras. Os vegetais de modo geral são ricos em diferentes substâncias protetoras, conhecidas como “fitoquímicos”. Sempre que possível, prefira os cereais integrais em vez dos refinados.
5. Reduza o consumo de carne vermelha (boi, porco, cordeiro) e carnes processadas (hambúrguer, salsichas, presunto, etc.), mesmo sendo de aves. A quantidade sugerida é de até 500g/semana desse grupo de alimentos.
6. Evite ao máximo o consumo de álcool. Se desejar, as mulheres podem beber até 1 dose/dia, e os homens, 2 doses/dia.
7. Evite ao máximo o consumo de alimentos ricos em sal (carnes salgadas, enlatados, conservas, petiscos, biscoitos salgadinhos, etc.), considerados fatores de risco para câncer de estômago e hipertensão.
Alimentação e prevenção do câncer de estômago
Por Mônica Benarroz – Nutricionista do Grupo COI
O estômago é um órgão do sistema digestivo com a função de armazenar o bolo alimentar (a comida ingerida) e de ajudar na digestão dos alimentos. Na realidade, a digestão é um processo longo, que começa na boca e continua por algumas horas por todo o sistema digestivo, até o intestino grosso.
Dentre os fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de estômago, destacam-se quatro situações relacionadas com a alimentação:
1) Consumo regular de alimentos ricos em sal, carnes processadas, defumados e conservas.
2) Baixo consumo de frutas, legumes e verduras.
3) Obesidade, que normalmente é resultado do consumo excessivo de alimentos.
4) Infecção por H. pylori, que pode estar presente nas frutas e nas hortaliças que não passaram por uma higienização adequada antes do consumo.
Vale lembrar que fazer a higiene adequada de frutas e hortaliças cruas é um passo necessário na prevenção de diferentes doenças, não apenas da infecção por H. pylori. Dessa forma, as frutas e as hortaliças devem ser lavadas em água corrente e colocadas de molho em solução com hipoclorito.
Alimentação balanceada em quantidade e qualidade é uma estratégia para prevenir o câncer de estômago.
Alimentação adequada para pacientes com câncer de estômago
Dificuldade para se alimentar e perda de peso são queixas frequentes de pessoas com câncer de estômago.
A perda de peso normalmente está associada com falta de apetite, dificuldade na digestão, sensação de “barriga cheia” e dor abdominal. Por isso, toda atenção deve ser dada na escolha dos alimentos e na forma de preparação, uma vez que um alimento ou uma bebida que eram consumidos habitualmente podem provocar algum “mal-estar” ou mesmo uma “indigestão”. Isso pode fazer as pessoas comerem com medo, reduzirem a quantidade de comida, restringirem a alimentação de modo severo e, consequentemente, perderem peso.
Alguns alimentos podem provocar mais alterações na digestão que outros (ver quadro abaixo), mas normalmente essa “indisposição” é de modo particular. Logo, cada pessoa terá de testar vários alimentos e observar o que provocou mal-estar ou dificuldade na digestão.
É importante ressaltar que um determinado alimento que possa fazer “mal” num momento específico pode não fazer em outro. O ideal é manter as tentativas, fazendo o mínimo de restrição para não piorar a perda de peso.
Outra dica é fazer pequenas refeições várias vezes ao dia para evitar a sensação de estômago “vazio”, náusea e dores no estômago e, sobretudo, a oferta regular de calorias e nutrientes.
O consumo de líquidos é outro tópico relevante. Por causa da baixa tolerância aos alimentos, o consumo de água e outros líquidos também ficam reduzidos. Assim como os alimentos devem ser fracionados, o consumo de líquidos também, visto que esses são necessários para o bom funcionamento dos órgãos.
Dicas de alimentação:
Carnes processadas
Por Luciana Fernandes – Nutricionista do Grupo COI
As carnes processadas são alimentos que sofreram algum tipo de transformação pela indústria e estão relacionadas ao aumento no risco de doenças cardiovasculares e câncer. Um exemplo desse tipo de alimento são salsichas, presunto, bacon, salame e nuggets.
A indústria alimentícia adiciona nitratos e nitritos aos embutidos (carnes processadas) por serem conservantes e responsáveis pela cor e pela estabilidade do produto. Os nitratos são pouco tóxicos, se usados em pouca quantidade; já os nitritos possuem toxicidade maior. Uma vez adicionados aos alimentos, tais conservantes dão origem a compostos nitrosos chamados “nitrosaminas”.
O alto consumo de carnes processadas é preocupante, visto que esses alimentos possuem em sua composição nitratos e nitrosaminas, potencialmente cancerígenos.
Um grande estudo realizado em dez países europeus, chamado European Prospective Investigation into Cancer and Nutrition, aborda a questão do consumo de carnes processadas. Por meio dele, foi possível verificar que o grupo de pessoas que possui uma alimentação com grande quantidade de carnes processadas e pobre em frutas e verduras está mais propenso ao risco de morte por câncer.
Vários outros estudos também relacionam esse tipo de alimento com o aparecimento de câncer de pâncreas e intestino.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) já está dando maior atenção ao controle no consumo de carnes processadas, que, juntamente com as carnes vermelhas, não deve passar de 500 gramas por semana.
Ainda são necessários mais estudos na área de alimentação e perfil populacional que abordem o tempo de consumo e a exposição das carnes processadas, mas a bibliografia disponível já mostra a importância do controle da qualidade de nossa alimentação.
A informação ajuda muito na modificação de hábitos alimentares. Com esse objetivo, o Ministério da Saúde disponibiliza, em seu site, o “Guia Alimentar” para a população brasileira.
Uma alimentação saudável ainda é a melhor terapêutica para prevenir doenças como o câncer.
Orientações para prevenir a desidratação durante os tratamentos de quimioterapia e radioterapia
Por Mônica Benarroz – Nutricionista do Grupo COI
A desidratação ocorre quando uma pessoa não bebe quantidade satisfatória de líquidos e/ou apresenta perda excessiva de líquidos por meio de sintomas como vômitos incontroláveis, diarreia líquida e febre, por exemplo. É um quadro perigoso porque pode provocar outros sintomas, tais como: letargia, fadiga, falta de apetite, perda de peso, prisão de ventre, desorientação, insuficiência renal e até coma, em casos mais graves. O problema da desidratação pode ser agravado em pessoas idosas, por essas terem menos estímulo para beber água e outros líquidos.
Dependendo da localização do tumor, durante os tratamentos de quimioterapia e radioterapia, esses (tratamentos) podem provocar vômitos e diarreia nos pacientes. Esses sintomas, se não tratados rapidamente, podem comprometer a continuidade do tratamento e levar à necessidade de hospitalização do paciente.
Para ajudá-lo a prevenir a desidratação, selecionamos algumas dicas para você ficar bem hidratado durante o seu tratamento. A água é um elemento muito importante e deve ser valorizado durante todo esse período, uma vez que ajuda a manter o organismo em equilíbrio e possibilita o bom funcionamento dos órgãos..
Dicas:
1) Crie uma rotina de beber água ou líquidos refrescantes, mesmo sem ter sede.
2) Beba diferentes líquidos ao longo do dia; no mínimo, 2 litros. Caso tenha dificuldade de beber um copo cheio de água, prefira ingerir pequenos volumes, várias vezes por dia, ou substitua a água por outra bebida refrescante.
3) Se o seu paladar estiver alterado, e a água, com gosto amargo ou metálico, prefira suco de frutas, refresco de frutas, água de coco, chá gelado. O importante é fazer a hidratação.
4) Escolha alimentos ricos em água, por exemplo: salada de vegetais folhosos, tomate, melancia, melão, laranja, tangerina, leite, iogurte, sorvete, picolé.
5) Evite bebidas que possam contribuir com a desidratação ou agravá-la: bebidas com cafeína (café, refrigerantes) ou bebidas adocicadas.
6) Faça uso dos medicamentos que seu médico prescreveu de modo correto para evitar sintomas de náusea, vômitos e diarreia.
7) Em caso de vômitos:
- Prefira as bebidas geladas como água de coco, isotônicos ou soro caseiro.
- Aumente o consumo de líquidos.
- Fracione as refeições em pequenas quantidades, em horários regulares.
- Evite o consumo de alimentos gordurosos como carnes gordas, creme de leite, leite condensado, chocolate, queijos amarelos, pães com creme, pão de queijo, massas folhadas, maionese, frituras, etc.
Não se esqueça: informe o seu médico sobre qualquer sintoma.
8) Em caso de diarreia líquida:
- Aumente o consumo de líquidos (fique atento para não beber suco de frutas laxativas).
- Fracione as refeições em pequenas quantidades, em horários regulares.
- Evite o consumo de alimentos ricos em fibras (grãos, cereais integrais, vegetais folhosos, salada crua); frutas laxativas (abacate, ameixa, mamão, manga, laranja, uva); alimentos gordurosos e açucarados.
Atenção! Informe o seu médico sobre qualquer alteração no seu organismo.
Divirta-se com uma alimentação segura
Por Mônica Benarroz – Nutricionista do Grupo COI
Comer em carrocinhas, quiosques ou barracas é uma prática muito comum para os foliões. Depois de passar horas atrás dos blocos de rua ou mesmo dançando nos bailes de carnaval, é importante repor líquidos e energia. A questão é saber se o que se come vale a pena.
Por causa da quantidade de pessoas que vão às ruas e do grande aumento de turistas na cidade, a oferta de “comida de rua” também é maior. Entretanto, não há como garantir, muitas vezes, a qualidade, a higiene e a conservação dos alimentos em lugares que podem ter uma cozinha improvisada e servir a milhares de pessoas, sem muito controle e fiscalização.
Dizer que todo o mundo pode passar mal seria um exagero, uma vez que cada organismo reage de uma maneira.
Mas existe um grupo de pessoas que deve ter todo o cuidado – as gestantes, as crianças, os idosos e aquelas que estão sob qualquer tratamento que possa comprometer o seu estado imunológico (uso regular de corticoide, quimioterápicos, outros imunossupressores e radiação).
Aproveite ao máximo os dias de festa para se divertir e relaxar, mas tenha cuidado para não ser vítima de algum alimento estragado ou contaminado. Esse risco é mais comum do que se imagina.
Para você se divertir sem preocupação, seguem algumas dicas:
1) Antes de sair para um bloco de rua ou para um baile, faça uma refeição moderada.
2) Lave as mãos (ou use álcool gel a 70%) antes de comer qualquer alimento.
3) Não coma alimentos crus (saladas, sucos naturais, salada de frutas), alimentos com maionese ou frutos do mar em locais de procedência duvidosa.
4) Na dúvida, prefira alimentos em embalagem lacrada, com data de validade e lote.
5) Observe a higiene do local e as unhas dos vendedores.
6) Qualquer vestígio de mal-estar, vômito ou diarreia, procure um serviço de saúde.
Divirta-se com segurança!
Frutas desidratadas: nutrição para o ano todo
Por Mônica Benarroz – Nutricionista do Grupo COI
Abacaxi, ameixa-preta ou vermelha, banana, caqui, carambola, cereja, damasco, figo, kiwi, laranja, maçã, morango, pera, tâmara, uva, e muito mais. Uma variedade de cores e sabores faz das frutas desidratadas um grande atrativo para decorar os pratos doces e salgados, além de enriquecer as refeições.
As frutas desidratadas nada mais são do que frutas frescas que perderam água por um processo natural ou por auxílio da tecnologia. São naturais e preservam as suas propriedades, mas, por estarem desidratadas, são enrugadas e às vezes pouco atrativas. Elas têm grande quantidade de calorias e substâncias nutritivas, como, por exemplo, vitaminas A e do complexo B, potássio, magnésio, selênio, cálcio, ferro. Também são ricas em fibras e substâncias antioxidantes, como os flavonoides (presentes na maioria das frutas) e os carotenoides (especialmente nas frutas de cor alaranjada).
Apesar de muito calóricas, essas frutas podem compor uma alimentação balanceada e nutritiva de qualquer pessoa; o segredo está na quantidade. Em média, uma porção de 30 gramas de frutas desidratadas tem 90 calorias, um pouco a mais que uma porção média de frutas frescas. Vale ressaltar que uma banana prata média de 100 g pode ter 100 calorias, ao passo que uma fatia média de 100 g de melão, apenas 30g. Para aqueles que precisam manter ou controlar o peso, a frequência e a variedade são mais importantes que a restrição. Não vale a pena ser radical.
As frutas desidratadas podem ser consumidas de diferentes maneiras: como pequenos lanches ou como ingredientes de uma refeição, como uma simples sobremesa ou ingrediente de uma requintada guloseima. Elas podem ser adicionadas ao arroz, à salada, em preparação de aves, ao sorvete, aos bolos e biscoitos, às barras de cereais e a diversos quitutes.
Uma curiosidade: o baixo teor de água e a alta concentração de açúcar fazem das frutas desidratadas um alimento de fácil armazenamento e transporte, uma vez que não precisam de refrigeração, não estragam facilmente e por isso podem ficar na bolsa, na mochila e na gaveta do trabalho.
Na hora de “beliscar” um biscoitinho com café, que tal substituir por um punhado de uva-passa ou por algumas unidades de damasco seco ou ainda por umas fatias de maçã desidratada?
Pense nisso!
Frutos oleaginosos: pequenos no tamanho, mas grandes em nutrição
Por Patricia Albuquerque – Nutricionista do Grupo COI
Os frutos oleaginosos, ou simplesmente as nozes, são representados pelos seguintes frutos: amêndoa, pecã, castanha-do-pará, castanha de caju, pistache, avelã, macadâmia, noz e castanha. Dentre as suas características, estão o alto teor de proteínas e as gorduras monoinsaturadas. Também são fontes de vitaminas do complexo B e vitamina E; de vários minerais como cálcio, ferro, magnésio, potássio, selênio, zinco; de fibras e de substâncias biologicamente ativas, com propriedades funcionais. Por isso, a inclusão desses frutos na alimentação é cada vez mais valorizada, contribuindo para a promoção de saúde e a prevenção de doenças.
Os oleaginosos, além de nutritivos e promotores de saúde, são ricos em calorias e, por isso, devem ser consumidos com moderação, compondo uma alimentação equilibrada. Para as pessoas fisicamente ativas ou para aquelas que têm longos intervalos entre as refeições, consumir alguns gramas de oleaginosos pode ser uma excelente estratégia de associar prazer e nutrição em pequenas porções diárias.
Um detalhe importante: graças à quantidade de gorduras presentes nos oleaginosos, eles são facilmente oxidados ou contaminados por fungos, podendo causar riscos à saúde. É importante prestar atenção no momento da compra e do armazenamento, uma vez que o estado de conservação dos frutos deve ser observado. O gosto e o cheiro alterados e a presença de manchas brancas ou escuras podem ser sinal de deterioração do produto.
As pessoas que têm algum tipo de alergia alimentar devem ficar atentas, já que, embora nutritivos, esses frutos podem provocar reações alérgicas.
No Brasil, país das frutas tropicais, o consumo de oleaginosos é frequentemente baixo e, muitas vezes, de forma pouco saudável, pela adição de açúcar, de gordura e de sal, como, por exemplo, as castanhas caramelizadas ou salgadas.
No período das festas de fim de ano, muitas pessoas costumam usar os oleaginosos para decorar pratos tipicamente natalinos e, dessa forma, são estimuladas ao consumo do fruto de forma in natura.
Abaixo seguem as sugestões de dois pratos simples e nutritivos.
Experimente!
Salada verde com castanha-do-pará e molho cítrico
Hortaliças: acelga, alface romana, alface americana, agrião, tomate cereja, azeitona preta, castanha-do-pará em lascas.
Molho: suco de limão, suco de laranja-pera, azeite, vinagre balsâmico.
Obs.: Misture os ingredientes secos e separe-os em vasilha própria.
Adicione o molho na hora de servir.
Arroz com amêndoas
- Arroz integral (temperado com azeite e cebola e alho picados).
- Amêndoas laminadas, levemente douradas na manteiga.
- Salsinha picada para decorar o prato. Obs.: Após o arroz ficar cozido, adicione as amêndoas, misturando delicadamente. No final, salpique a salsa.
Driblando a dor comendo bem colorido
Por Mônica Benarroz – Nutricionista do Grupo COI
Todo o mundo sabe que a dor é uma sensação tão desagradável que, às vezes, não temos vontade de fazer nada, nem de comer. Mas também todo o mundo sabe que comer é uma condição básica para tornar nosso organismo mais forte. Então, como resolver esse dilema?
A dor pode ser provocada por várias situações, dependendo do momento da doença. Para isso, existem vários tipos de medicamentos para seu alívio. Isso ajuda a melhorar o ânimo e aliviar a dor, o que é ótimo, mas pode trazer alguns incômodos na função intestinal.
Popularmente conhecida como “prisão de ventre”, a constipação é um sintoma muito comum em pacientes que fazem uso de analgésicos opioides, como o tramadol, a codeína e a metadona. A constipação tem como característica principal o esforço e a dificuldade na evacuação, o desconforto abdominal, além de outros sintomas. Nesse caso, o melhor tratamento é o uso regular de laxante, que deve ser prescrito pelo médico, associado ao exercício e à alimentação laxativa.
Com o objetivo de prevenir a constipação e tornar sua alimentação mais nutritiva, saborosa e regada de otimismo, vale a pena lembrar que o consumo regular de suco de frutas naturais e um prato colorido de salada podem ajudar a manter o corpo mais nutrido, e o intestino funcionando melhor.
Investir na qualidade de vida através do controle da dor e do alívio dos sintomas é mais uma forma de cuidado integral.
Seguem algumas dicas para prevenir e tratar a constipação:
- Preferir alimentos ricos em fibras, como as frutas frescas, as hortaliças cruas e os cereais integrais;
- Adicionar azeite na comida (pelo menos 1 colher de sobremesa);
- Beber pelo menos 2 litros de líquidos por dia, preferencialmente sem açúcar e sem gás, para evitar distensão abdominal;
- Beber sucos laxativos regularmente;
Água de coco com couve e cenoura
Suco de laranja com mamão e ameixa-preta
Suco de manga com abóbora e espinafre
Suco de maracujá com beterraba e salsa - Reduzir o consumo de massas e frituras.
Plantas medicinais: um alerta para o paciente oncológico
Por Mônica Benarroz – Nutricionista do Grupo COI
O consumo de remédios à base de plantas medicinais como um recurso terapêutico é uma realidade muito comum em diversas culturas do mundo. A motivação varia em prevenir ou tratar diferentes tipos de doenças e melhorar a qualidade de vida. Nos pacientes com diagnóstico de câncer, tal prática também é observada, e a razão pode ser para controlar os sintomas provocados pela quimioterapia, fortalecer o sistema imunológico e até a cura.
A fitoterapia é o emprego de plantas medicinais com propósito preventivo ou curativo. Todas as partes das plantas medicinais – das flores às raízes – contêm algum teor de substâncias com propriedades biológicas e podem ser consumidas em diversas formas de preparação, tais como: chás, xaropes, sucos, tinturas, pó e cápsulas. Esses produtos são encontrados tanto industrializados, na forma de fitoterápicos, vendidos nas farmácias ou nas lojas de produtos naturais, quanto na forma de planta in natura ou desidratada, comercializada em feira livre, em lojas de produtos naturais e em outros comércios. Também existem plantas medicinais cultivadas em casa, pelo próprio consumidor, como o boldo e a hortelã, por exemplo.
A maioria dos consumidores acredita que as plantas medicinais são seguras e menos tóxicas que os medicamentos alopáticos (remédio comum), porque são naturais e por isso teriam menos efeitos colaterais. Mas, na realidade, as plantas medicinais podem desencadear um conjunto de reações indesejadas, quando consumidas de modo inadequado, por exemplo, junto com medicamentos alopáticos. O risco de alterações é uma realidade para indivíduos que fazem uso de medicamentos para controle de hipertensão, diabetes, trombose, depressão, etc. Esse risco é aumentado para os indivíduos com problemas renais e hepáticos, bem como para aqueles em tratamento de quimioterapia.
Para evitar qualquer reação indesejada, seguem algumas orientações:
- Informar o profissional de saúde (médico, farmacêutico, enfermeiro ou nutricionista) o consumo de algum produto à base de planta medicinal. Ele pode orientar a melhor forma de consumo.
- Não consumir nenhum tipo de planta medicinal junto com outros medicamentos ou outras plantas medicinais, a fim de evitar reações indesejadas.
- Certificar-se de que o produto adquirido, seja na forma de chá, seja na de cápsula, seja de outra maneira, é um produto com registro na ANVISA, com número de lote e data de vencimento, uma vez que são maneiras de garantir a qualidade do produto.
- Não comprar “plantas medicinais” em feiras livres ou em locais duvidosos, por não haver controle de qualidade nesses locais.
- Não fazer uso de ”chás” ou “sucos” desintoxicantes de modo indiscriminado. Isso pode provocar desequilíbrio metabólico.
Dietas: nem tudo que é moda é bom!
Por Mônica Benarroz – Nutricionista do Grupo COI
Durante os tratamentos anticâncer, o paciente, frequentemente, passa por alterações de peso corporal. Quando o ganho de peso é notório e indesejado pode desencadear, no paciente, um desejo de emagrecer a qualquer preço, sem considerar os hábitos alimentares saudáveis e o exercício físico nessa decisão. Nesse momento as dietas da moda são uma tentação. Afinal, quem nunca ouviu falar de uma boa dieta milagrosa?
As dietas da moda são conhecidas por serem muito restritivas e assim favorecer uma grande perda de peso em pouco tempo. Mas nenhuma dieta garante resultado em longo prazo e, além disso, podem causar riscos à saúde, como anemia, hipovitaminoses, etc. Quando a dieta acaba e o individuo retoma seus hábitos alimentares, ocorre uma rápida recuperação do peso perdido. Assim, algum tempo depois, ele vai voltar a procurar uma nova dieta milagrosa, podendo desencadear o famoso “efeito sanfona”.
Além de frustrante, o resultado desse tipo de regime que envolve uma grande restrição alimentar pode ser perigoso. O nosso corpo precisa de todos os nutrientes, pois cada um deles desempenha uma função especifica no organismo. Retirar um ou mais nutrientes da nossa alimentação pode, portanto, provocar carências nutricionais, com efeitos na pele, no cabelo e nas unhas, cansaço, ou até mesmo sérios prejuízos à saúde. Outro ponto importante a ser destacado é que a perda de peso obtida nessas dietas corresponde principalmente à perda de agua e de massa muscular. Isso mesmo! Como o metabolismo fica mais lento devido à supressão de muitos nutrientes, perde-se pouquíssima gordura.
Mudanças no comportamento alimentar nem sempre é uma tarefa fácil para atingir o objetivo do emagrecimento. Na tentativa de fazer as variadas dietas da moda, ao invés de se melhorar os hábitos alimentares, se comete cada vez mais erros. Cada pessoa tem uma necessidade nutricional especifica, de acordo com sexo, idade perfil. É por isso que a prescrição de uma dieta deve ser individualizada.
Para emagrecer com saúde, não ha segredo! A forma mais eficaz e saudável de perder peso é associar a alimentação balanceada à pratica regular de atividade física. Ter e manter bons hábitos serão sempre a melhor escolha!