Alimento saudável é alimento seguro

Por Monica Benarroz – Nutricionista do Grupo COI

Toda vez que falamos de alimentação saudável, imediatamente pensamos num lindo prato de salada ou num belo café da manhã composto de frutas e sucos. Tudo bem colorido.

O conceito de alimentação saudável não está baseado apenas nos ingredientes naturais e coloridos presentes nas diferentes refeições, mas também na segurança alimentar que preza pelas condições de higiene durante a manipulação, a confecção, a venda e o consumo dos alimentos.

O alimento seguro (um prato de comida, um sanduíche, uma fruta, etc.) é aquele que, além de fornecer nutrientes importantes ao organismo, garante que esse esteja livre de micro-organismos que possam causar doenças e trazer prejuízos à saúde.

As doenças vinculadas por alimentos (DVAs) devem ser uma preocupação de todos, uma vez que a responsabilidade é tanto daquele que fabrica e vende o alimento quanto daquele que compra.

Qualquer pessoa pode consumir um alimento contaminado por micro-organismos, mas algumas delas são mais sensíveis às infecções, como por exemplo, as gestantes, as crianças, os idosos e as pessoas doentes. Nesses casos, a atenção deverá ser maior com as ações de prevenção e cuidado.

Nós, os consumidores, também somos responsáveis pelo combate dessas doenças vinculadas por alimentos; por isso, seguem algumas dicas que certamente nos ajudarão a prevenir as DVAs.


Desnutrição: é possível prevenir e tratar

Por Monica Benarroz – Nutricionista do Grupo COI

A perda de peso antes do diagnóstico do câncer é um problema frequente. Pode estar relacionada à falta de apetite, ao desânimo e às alterações da função digestiva. Muitas vezes, a perda de peso não planejada é a principal causa de o paciente procurar o médico e, após a realização de exames, descobrir que a causa do emagrecimento está associada ao câncer.

A perda de peso terá impacto negativo na qualidade de vida da pessoa com câncer, visto que o emagrecimento pode levar à desnutrição e provocar prejuízo em diferentes dimensões: biológica, emocional e social (ver quadro).

De modo geral, a desnutrição é o resultado do desequilíbrio entre a oferta de alimentos (nutrientes e calorias) e o gasto de energia (atividades regulares). Entretanto, a pessoa com câncer, em muitos casos, pode ter maior gasto de energia por causa da doença.

A boa alimentação é um fator determinante para a saúde de qualquer pessoa, particularmente para aquelas que fazem tratamento para combater o câncer. Os alimentos não curam o câncer, mas fortalecem o organismo para poder suportar os tratamentos que possam ser necessários, desde cirurgias até tratamentos combinados, como, por exemplo, quimioterapia associada à radioterapia.

A proposta da alimentação balanceada, adequada e com horários regulares é prevenir e corrigir as possíveis alterações de peso e deficiências nutricionais.

Algumas vezes, é necessário fazer uso de suplementos nutricionais, principalmente para quem apresenta sinais graves de desnutrição.

A assistência nutricional pode ajudar a identificar problemas relacionados à alimentação/nutrição e contribuir para o sucesso do tratamento.


Frutas vermelhas

Por Luciana Fernandes – Nutricionista do Grupo COI

A cor avermelhada de frutas como melancia, morango, pitanga e goiaba é originada pelo pigmento contido nesses alimentos.
O ser humano não é capaz de produzir tal pigmento, o licopeno.

Por isso, precisa obtê-lo por meio da sua alimentação. A quantidade de licopeno contida em cada alimento é variável e depende de vários fatores como maturação, local de plantio, transporte e armazenamento.

O licopeno é um antioxidante, por isso muito importante para nossa saúde. Ele protege a camada celular, auxilia no bom funcionamento cardiovascular e é fundamental na prevenção de alguns tipos de câncer, como o de próstata.

Aproveite o benefício das frutas vermelhas em sua alimentação. Além de antioxidantes, são ricas em fibras e vitaminas. Podem ser consumidas frescas ou na forma de sucos.


Obesidade e câncer

Por Monica Benarroz – Nutricionista do Grupo COI

Conforme tratamos no artigo anterior, a obesidade é uma doença com diferentes causas e pode desencadear outras doenças, entre elas o câncer. Assim como a obesidade, o câncer também é considerado um problema de saúde pública mundial.

Segundo os dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), o câncer é uma das doenças que mais mata no mundo. Em 2012, foram mais de 8,2 milhões de pessoas. Mas o curioso é que 30% dos cânceres poderiam ser evitados de diferentes maneiras, e uma delas é o controle do peso corporal associado à alimentação saudável e à atividade física.

Muitos estudos demonstram que o excesso de gordura corporal aumenta o risco de câncer em diferentes órgãos, tais como esôfago, pâncreas, intestino, rim, bexiga, endométrio e mama, em mulheres, na pós-menopausa.

Os mecanismos que fazem a gordura corporal aumentar o risco para desenvolver o câncer ainda estão sendo estudados, mas acredita-se que o excesso de gordura provoque um processo de inflamação crônica no organismo, favorecendo o aparecimento do câncer. Por isso, os pesquisadores são enfáticos em orientar que a manutenção do peso corporal adequado para a altura e a idade reduz o risco de câncer. O IMC (Indice de Massa Corporal) é a forma matemática de verificar se a pessoa está ou não com o peso adequado (ver quadro).

De modo geral, a manutenção do peso adequado depende diretamente do balanço entre o consumo de calorias dos alimentos e bebidas ingeridos e a utilização dessas calorias nas atividades exercidas. Por isso, os atletas de alto rendimento podem consumir até oito mil calorias ao dia, o que não é o caso da maioria das pessoas.

A alimentação saudável deve oferecer nutrientes necessários para o bom funcionamento do corpo, considerando os seguintes tópicos:

  • Quantidade: as refeições devem ter quantidade suficiente de alimentos, conforme as necessidades individuais (faixa etária, sexo, estilo de vida).
  • Qualidade: as refeições devem ser variadas com diferentes grupos de alimentos (hortaliças, frutas, carne, aves, pescado, leite e derivados, etc.).
  • Proporção: as refeições devem ser equilibradas, favorecendo a oferta dos nutrientes conforme recomentado pela OMS: maior consumo de hortaliças, consumo médio de carnes e laticínios e menor consumo de alimentos gordurosos e açucarados.
  • Adequação: as refeições devem ser planejadas e preparadas considerando a realidade econômica, social e clínica do indivíduo.

Logo, uma alimentação saudável precisa ser completa, equilibrada e variada. Vale ressaltar que alimentação saudável é diferente de “dietas restritivas”.

Manter o peso adequado é uma decisão importante para a saúde física e mental. Alimente essa ideia!


Obesidade: um desafio para todos durante a vida toda

Por Monica Benarroz – Nutricionista do Grupo COI

Falar de obesidade não é um assunto muito simpático, apesar de o tema ser frequentemente estampado em várias revistas e debatido em muitos programas de rádio e televisão. Ainda, assim, é necessário provocar algumas reflexões sobre o tema.

Nosso objetivo é descrever algumas causas e consequências da obesidade e, de alguma maneira, influenciar seu comportamento alimentar.

Queremos descortinar esse problema que afeta tantas pessoas, de diferentes classes sociais, escolaridades e nacionalidades. Afinal, o mundo todo está com a sua atenção voltada para a obesidade, que vem crescendo a cada ano e provocando muitos impactos negativos, tanto para o individuo quanto para a sociedade, perpassando todos os ciclos da vida: infância, adolescência, juventude, maturidade e velhice.

A obesidade é uma doença complexa, caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal e resultante de diversas causas, ou seja, possui dimensões sociais, biológicas e psicológicas.

O impacto da obesidade na saúde física e emocional tem reflexos na saúde pública, provocando o aumento de diversas doenças crônicas e debilitantes – pressão alta, diabetes, inflamação nas articulações, gordura no fígado, alguns tipos de câncer – muitas vezes acompanhadas com dores crônicas e deformações físicas. Além das doenças físicas, muitas pessoas desenvolvem depressão e o sentimento de impotência diante do drama de não conseguir emagrecer.

O comportamento alimentar é um fator determinante tanto no controle como no tratamento da obesidade, já que a escolha dos alimentos determinará a quantidade, a variedade e a frequência dos grupos de alimentos consumidos.
Se possui várias causas, a obesidade precisa ter várias formas de tratamento, incluindo mudanças no estilo de vida. Não existe uma fórmula mágica nem um caminho fácil.

Mas como posso mudar meu estilo de vida e hábitos tão arraigados?

Das diferentes formas de tratar a obesidade, a mais importante é a motivação de querer mudar. Não é tão fácil, mas as mudanças acontecem de modo gradativo.

Seguem algumas estratégias que podem ajudá-lo a criar outros hábitos, combater a obesidade e ter uma vida mais saudável (QUADRO).

Lembre-se de que o tratamento depende de várias ações, algumas vezes com ajuda de profissionais especializados, além de muita determinação.


De olho na higiene dos alimentos

Alimentação balanceada, nutritiva e saborosa para ajudar no tratamento do câncer

Por Monica Benarroz – Nutricionista do Grupo COI

A alimentação faz parte das diferentes formas que encontramos para assegurar uma vida saudável. Também está relacionada ao estilo de vida e ao prazer. Hoje, ela é fortalecida na rede social.

Nas últimas décadas, a alimentação ganhou destaque especial em razão de seu papel na promoção da saúde e na proteção da doença. Mas essa ideia não é nova. Desde a Antiguidade, filósofos como Platão, Sócrates e Hipócrates se referiam ao alimento como o melhor remédio para cuidar do corpo.

Embora a alimentação ocupe papel importante na vida social das pessoas, os pacientes com câncer podem ter os hábitos alimentares modificados por motivos inerentes à doença, ao tratamento ou mesmo por intervenções pautadas no conhecimento popular, em busca de uma “alimentação saudável” idealizada.

É sabido que os alimentos são fontes importantes de nutrientes para o crescimento, o desenvolvimento e a recuperação do nosso organismo. Por isso, devem ser escolhidos de forma cuidadosa, considerando os diferentes grupos (frutas, legumes, cereais, carnes, leite e derivados, etc.), as cores e as formas, para garantir a maior variedade de nutrientes e sabores. Entretanto, essas escolhas deveriam ser conscientes, espontâneas e motivadas pela busca em melhorar a qualidade de vida.

Em situações especiais, por exemplo, durante o tratamento do câncer, é necessário que a alimentação atenda aos requerimentos nutricionais e ajude no controle de sintomas, mas também é importante que ela seja atrativa para preservar o prazer e o apetite.

Para que você tenha uma alimentação nutritiva, saborosa e adequada à sua realidade, consulte um nutricionista. Ele é o profissional que poderá ajudá-lo a fazer as escolhas certas, ter maior diversidade na alimentação e não perder o prazer em comer (com moderação).


Suplementos Nutricionais Orais

Por Monica Benarroz – Nutricionista do Grupo COI

Maneira prática e saborosa de melhorar sua alimentação e saúde.

O que são?

Os Suplementos Nutricionais Orais (SNO) são produtos industrializados, formulados com macronutrientes (carboidratos, proteínas e lipídios) e micronutrientes (vitaminas e minerais), além de diversas substancias importantes para a saúde.

Quando usar?

Os Suplementos Nutricionais Orais são recomendados quando a alimentação habitual do paciente é incapaz de satisfazer os requerimentos nutricionais que ele precisa. Entretanto, devem ser associados a uma alimentação balanceada e monitorada. De modo geral, os Suplementos Nutricionais Orais não devem substituir as refeições, porém complementa-las.

Por que usar o SNO?

O principal objetivo do Suplementos Nutricionais Orais é aumentar o aporte nutricional do paciente, corrigindo ou evitando carências nutricionais, provocadas pela alimentação inadequada. Além disso, melhora as condições clínicas e funcionais do paciente e contribui com tratamento e ajuda na recuperação da perda de peso.

Como usar?

De modo geral, os Suplementos Nutricionais Orais são administrados entre as principais refeições.

Alguns produtos já são prontos para o consumo, outros precisam ser preparados, como por exemplo, misturar no leite, no mingau, no sorvete ou até mesmo na água ou na sopa.

A escolha do Suplementos Nutricionais Orais dependerá de diversos fatores como as características do produto (composição química, calorias, volume, paladar, etc.), as condições clínicas do paciente e o custo total do tratamento.

Converse com o seu nutricionista e veja o melhor produto para você.

A FarmaCoi disponibiliza a venda de diferentes tipos de Suplementos Nutricionais Orais, garantindo a qualidade de sua saúde e o seu bem-estar.


Soja

Por Monica Benarroz – Nutricionista do Grupo COI

A soja (Glycine max (L.) Merrill) é uma leguminosa oleaginosa, rica em proteína, gorduras poli-insaturados, fibras e em diversas vitaminas e minerais. Também é rica em isoflavonas, substâncias com ação semelhante à do hormônio
feminino – o estrogênio –, que tem muitas propriedades, entre elas a ação antioxidante.

A proteína da soja é semelhante às proteínas de origem animal, de alto valor biológico; entretanto, contém menos aminoácidos sulfurados, como a metionina e a cisteína. Apesar de a soja ter o óleo como subproduto, sua proteína texturizada e seu extrato, conhecidos respectivamente como carne e leite de soja, são pobres em gordura.

Alimento milenar, a soja faz parte da culinária e da tradição oriental. No passado, recebeu o nome de “grão sagrado” e estava presente no variado cardápio dos povos do Oriente, associada a outras fontes de alimentos vegetais e animais.

No Ocidente, a soja ganhou destaque internacional com o cultivo americano após a Primeira Guerra Mundial. No Brasil, somente a partir da década de 1970, esse alimento passou a ter destaque, em razão da produção do óleo no mercado exterior.

Muitas são as curiosidades que podemos descobrir sobre a soja e suas propriedades. Aguarde as próximas edições.


Alimentos Funcionais II

Por Monica Benarroz – Nutricionista do Grupo COI

Vegetais crucíferos: mais um aliado no combate ao câncer

Os vegetais crucíferos são um grupo de vegetais ricos em enxofre e abrangem diferentes partes das plantas como as folhas (por exemplo: agrião, couve e rúcula), as flores (por exemplo: couve-flor e brócolis) e as raízes (por exemplo: nabo e rabanete). São fontes de vitaminas A, B1, B2, C, K e sais minerais, como cálcio, ferro e potássio, além de outros nutrientes específicos de cada hortaliça.

Também são ricos em substâncias naturais conhecidas como fitonutrientes com ação quimioprotetora, como, por exemplo: folato, fibras, carotenoides, clorofila e glucosinolatos.

Os glucosinolatos são compostos químicos que contêm enxofre, principal fitonutriente dos crucíferos. No organismo, essas substâncias passam por vários processos metabólicos, transformando-se em outras substâncias importantes no combate ao câncer, como o Indol 3 carbinol e o isotiocianato.

Os vegetais crucíferos são objeto de muitos estudos, uma vez que o consumo regular dessas hortaliças vem sendo associado à prevenção de doenças cardiovasculares e de alguns tipos de câncer. Apesar de a maioria dos estudos ser realizada em laboratórios, os estudos em humanos apresentam resultados bastante otimistas.

Como qualquer fitonutriente, o potencial benefício dos glucosinolatos dependerá do tipo de cultivo, do armazenamento, do preparo, da quantidade e da variedade das hortaliças consumidas.

Para garantir a ingestão das propriedades nutricionais dos crucíferos, recomenda-se que essas hortaliças sejam consumidas in natura ou levemente cozidas no vapor (al dente).

Uma observação: os vegetais crucíferos são também considerados alimentos flatulentos (produzem gases intestinais); por isso, indivíduos que se queixam de gases intestinais não devem consumi-los em grandes quantidades nem misturá-los numa mesma refeição.

O equilíbrio e a variedade são regras importantes para a boa alimentação.

Seguem algumas sugestões de salada para você testar, saborear e proteger seu organismo.

Bom apetite!


Alimentos Funcionais I

Por Monica Benarroz - Nutricionista do Grupo COI

Os alimentos sempre estiveram associados à ideia de saúde, bem-estar e prazer. Quando criança, ouvimos conselhos de que é preciso comer bem para crescermos saudáveis, bonitos e inteligentes. Quando adultos, da mesma forma, queremos uma alimentação que nos faça fortes, saudáveis e nos dê prazer. Mas o que comer? São muitas as opções de alimentos: naturais, integrais, orgânicos, fortificados…

Nos últimos vinte anos, a ênfase não está mais no arroz com feijão, na polenta, no leite, na carne bovina ou nos ovos. Cada vez mais, os alimentos são utilizados não apenas para nutrir as células do corpo e ajudar no crescimento e desenvolvimento, prevenindo doenças e promovendo a saúde, mas também, e principalmente, para contribuir nesses processos a partir dos benefícios de muitas substâncias com funções protetoras presentes nos diferentes alimentos.

Estamos falando dos alimentos funcionais. São considerados alimentos funcionais aqueles que apresentam na sua composição algum ingrediente funcional, por exemplo: lactobacilos, fibras solúveis, fitoquímicos (substâncias naturais encontradas nas plantas com ação protetora). Também podem ser alimentos fortificados com algum ingrediente funcional, tais como pães e biscoitos enriquecidos com fibras e castanhas, bebidas lácteas enriquecidas com lactobacilos ou margarinas enriquecidas com fitosterois.

Apesar de muito consumido, ainda não existe um conceito universal para o termo “alimento funcional”, nem consenso para as recomendações diárias. Por isso, os alimentos funcionais são cada vez mais pesquisados e valorizados. Esse tipo de alimento deve fazer parte de uma alimentação balanceada e variada em quantidade e calorias. Lembre-se de que a alimentação saudável deve ser acompanhada de hábitos de vida saudáveis.

Na próxima edição, falaremos um pouco mais sobre os alimentos funcionais.

Até lá.