Vitamina D
Por Monica Benarroz - Nutricionista do Grupo COI
Conhecida como a vitamina do sol, a vitamina D é uma substancia muito importante para a saúde dos ossos e de outras partes do corpo.
A vitamina D tem muitas funções, entre elas o fortalecimento dos ossos e dos dentes. Também fortalece os músculos e o sistema imunológico, prevenindo as quedas e as infecções, principalmente em crianças e idosos. Muitos estudos também associam a vitamina D à prevenção de vários tipos de câncer.
A produção de vitamina D é realizada na pele, após exposição de luz solar. A menor exposição ao sol é consequência do estilo de vida moderna. Muitas pessoas, de diferentes faixas etárias, passam parte do seu tempo em ambientes fechados, protegidos dos raios solares. Apesar de ser muito importante proteger a pele do sol, os protetores solares reduzem a capacidade da pele produzir a vitamina D.
A carência da vitamina D, uma situação clínica que vem aumentando, apesar de vivermos em um país que tem dia ensolarado o ano todo. Parece que essa carência está mais relacionada ao estilo de vida que à alimentação propriamente dita.
De modo geral, os alimentos contém quantidade muito pequena de vitamina D na sua composição, não suprindo as necessidades nutricionais nas diferentes faixas etárias, entretanto o peixe é a melhor fonte. Outros alimentos seriam ovos e os queijos e os alimentos fortificados, por exemplo, leite, iogurte, petit-suisse, margarina, farináceos infantis.
A carência de vitamina D pode ser prevenida ou tratada. Procure seu médico e solicite um exame.
Algumas dicas:
1)Aproveite o sol matinal (até as 10 horas da manhã);
2) Faça exercícios ao ar livre;
3)Inclua o peixe na sua alimentação regular;
4) Preste atenção nos rótulos e sempre que possível inclua na sua alimentação os alimentos fortificados.
Dados de mundo real em pacientes com câncer de mama
Está disponível online na Revista Clinical Oncology a publicação na qual foram divulgados os resultados da perspectiva do mundo real em pacientes com câncer de mama tratadas no grupo Americas Oncologia.
Uma parcela das pacientes foi acompanhada pela equipe de pesquisa do Instituto Americas, adotando questionários qualidade de vida padronizados internacionalmente (EORTC-QLQ-BR23 e EQ-5D-5L). As pacientes foram convidadas a medir ativamente a percepção sobre seu bem-estar funcional e saúde em um ambiente clínico. Estes resultados foram analisados em conjunto, mostrando quais são os tratamentos que mais afetam a qualidade de vida das pacientes. Além disso, foram reportados dados atualizados de sobrevida das pacientes, conforme cada tipo e estágio do câncer.
A Dra. Mariana Monteiro foi a primeira autora deste estudo, que conta com a participação de médicos do Américas Oncologia e do Grupo de Pesquisa Clínica do Instituto Americas.
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Sequenciamento do tratamento de câncer de pâncreas metastático
A Dra. Tuane Freitas, oncologista do Americas Oncologia, apresentou na Esmo GI 2022, em Barcelona, trabalho institucional sobre sequenciamento do tratamento de câncer de pâncreas metastático. As informações deste trabalho adicionam informações de mundo real aos dados já publicados sobre a doença. A Dra. Ana Paula Victorino, Diretora Científica do Instituto Americas, foi orientadora e coautora do trabalho, que contou com o apoio do Instituto em toda sua execução.
O artigo completo está disponível no site do periódico médico Annals of Oncology.
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Pacientes oncológicos com diagnóstico de infecção por COVID-19: uma coorte retrospectiva multicêntrica de nove centros oncológicos brasileiros
A infecção pela COVID-19 foi declarada pandêmica em março de 2020. Desde então, vários estudos tentaram correlacionar fatores clínicos com risco de complicações pela COVID-19. No entanto, os pacientes com câncer estão sub-representados nos ensaios clínicos e os resultados variam entre as diferentes coortes. Nosso objetivo é descrever uma coorte de pacientes com câncer e COVID-19.
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Resultados centrados no paciente em câncer de pulmão de células não pequenas: uma perspectiva do mundo real
Está disponível online na Revista Future Medicine, a publicação na qual foram divulgados os resultados da perspectiva do mundo real em paciente com câncer de pulmão de células não pequenas.
A análise realizada pela equipe de pesquisa do Instituto COI adotou questionários padronizados de qualidade de vida. Diante das respostas, os pacientes foram analisados para medir ativamente a percepção dos pacientes sobre seu bem-estar funcional e saúde em um ambiente clínico.
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Infográfico do câncer de mama
O câncer de mama é a neoplasia mais comum em mulheres em todo o mundo. O Instituto COI e o Americas Oncologia realizaram um grande estudo para avaliar as características e o desfecho das pacientes com diagnóstico de câncer de mama no cenário da saúde privada no Brasil. Trata-se do maior estudo nesse campo já realizado e que traz um importante retrato da apresentação e do tratamento comumente aplicado nas nossas pacientes. Fica nítido nesta análise a relevância do diagnóstico precoce, no qual as taxas de cura são extremamente altas, e os tratamentos, menos agressivos e menos custosos.
Confira o infográfico na íntegra.
Infográfico do câncer de pulmão
O câncer de pulmão é a neoplasia mais comum em todo o mundo. Pesquisadores do Instituto COI e do Americas Oncologia participaram de um grande estudo para avaliar a apresentação do câncer de pulmão no Brasil. Trata-se do maior estudo nesse cenário já realizado e que traz uma importante imagem da apresentação e do tratamento comumente aplicado nos nossos pacientes. Fica nítido nesta análise que a demora no diagnóstico é um dos principais desafios a ser enfrentado, assim como o combate ao tabagismo. A pesquisa clínica se mostra uma relevante oportunidade para otimizar o acesso a novos tratamentos.
Confira o infográfico na íntegra.
Dados de mundo real - Instituto Americas
Nas últimas décadas, a oncologia tem experimentado grandes avanços, incluindo melhores técnicas diagnósticas, tratamentos mais modernos, com menos reações adversas e maiores ganhos em sobrevida (1). Além do diagnóstico e do tratamento inicial, o número de pacientes sobreviventes de câncer tem aumentado e a preocupação com o futuro, qualidade de vida e readaptação destes pacientes tem aumentado (2). Tais avanços têm acontecido graças ao desenvolvimento de novos ensaios clínicos, que oferecem ao paciente a oportunidade de experimentar novas tecnologias ainda não aprovadas pelas autoridades de saúde. Desta forma, quando os novos tratamentos se mostram comprovadamente benéficos através dos estudos clínicos, e graças ao apoio da comunidade científica e dos pacientes participantes de pesquisa, estes tratamentos podem ser incorporados e aprimorar o tratamento de muitos outros pacientes na nossa comunidade. Nos últimos anos, e notadamente durante a pandemia de COVID-19, a importância de uma forte atuação da pesquisa clínica com objetivo de solucionar problemas de saúde na comunidade e a necessidade de combater disseminação de notícias falsas foram motivo de destaque na imprensa e nas redes sociais. Neste cenário, o instituto COI, como exemplo de instituição tradicional em pesquisa clínica, há anos procura fornecer informações de qualidade e conduzir estudos clínicos com rigor metodológico, com objetivo de melhorar a saúde da população.
Entretanto, sabemos que apenas conduzir estudos clínicos não é o bastante. Dentro dos protocolos de pesquisa nos é permitido incluir apenas os voluntários que obedeçam determinados critérios de seleção. Isto acontece pois estamos trabalhando com tratamentos ainda sem comprovação científica determinada, portanto, o paciente deve ser aquele com maior chance de resposta e com menos risco de sofrer os efeitos adversos do tratamento. Por questões éticas muito bem estabelecidas no Brasil e no mundo, a segurança dos pacientes deve estar em primeiro lugar. Além disso, cada país e cada cultura tem a sua particularidade. Não sabemos quais medicamentos desenvolvidos no mundo ocidental podem ser benéficos para asiáticos por exemplo, ou testes modernos que exigem alto custo podem não se aplicar a países subdesenvolvidos. Neste cenário, os estudos de mundo real têm o objetivo de relatar à comunidade científica o real benefício dos tratamentos incorporados e a aplicabilidade destes tratamentos na nossa sociedade. E podemos ir ainda mais além com estes questionamentos. Algumas vezes notamos que tratamentos de alta tecnologia oferecem mais tempo de vida ao paciente, mas não necessariamente este tempo vem acompanhado de maior qualidade. Qual o real benefício do tratamento que eu proponho ao meu paciente? Quais são os objetivos de vida daquela pessoa que está sendo acompanhada? Devo focar no que parece melhor sob meu ponto de vista ou devo deixar meu cuidado centrado no paciente?
Atualmente existe uma comunidade internacional desenvolvida por professores de Harvard que padroniza medidas de qualidade em saúde, focando em medidas de desfechos satisfatórios na percepção do paciente (da tradução do inglês, “patient-reported outcomes measures”). Esta iniciativa chamada ICHOM (International Consortium for Health Measurement) foi idealizada em 2006, e desde então tem o objetivo de estabelecer parâmetros globais de qualidade e, consequentemente, criar uma percepção de quais são as medidas que realmente têm valor na assistência em saúde (3). Basicamente precisamos entender o que realmente importa na saúde, na visão não apenas do profissional, mas também daquele que está sendo cuidado.
Desde 2016 o Instituto COI segue a metodologia ICHOM. Nossa equipe possui um banco de dados de evidências científicas e periodicamente acompanha os pacientes tratados nos centros oncológicos do grupo Américas Oncologia. Durante este acompanhamento são coletados dados relacionados à doença oncológica e à qualidade de vida dos pacientes em tratamento ou sobreviventes de câncer. São incluídos pacientes que se voluntariam a responder os questionários de qualidade de vida padronizados pela ICHOM e que autorizam a coleta dos dados e os resultados do tratamento empregado, sem qualquer tipo de identificação pessoal. Através destes dados já conseguimos extrair alguns resultados relevantes, como aqueles publicados em revista científica sobre câncer de mama em 2018 (4) e sobre câncer de pulmão em 2021 (5), dentre outras.
Sobre os pacientes com câncer de mama tratados em nossa Instituição, dados publicados em 2018 mostram que a maior parte das pacientes se apresentam com doença sem evidência de metástase, um dado compatível com a literatura mundial, mas ainda distante da realidade na saúde pública, mostrando as discrepâncias existentes em nosso país. Além disso, foi possível observar uma maior taxa de tratamentos conservadores quando comparados aos relatos prévios, como é o caso das cirurgias menos agressivas, sem prejuízo nos resultados. E finalmente, o estudo confirma a importância do diagnóstico precoce para aumentar as chances de cura com menores toxicidades e enfatiza a necessidade de acesso a tecnologias na saúde pública bem como a necessidade de investimentos em dados de mundo real neste setor.
Mais recentemente, foi publicado na revista Future Oncology nosso primeiro resultado em qualidade de vida e desfechos reportados pelo paciente, desta vez em pacientes com câncer de pulmão. Foi possível observar que pacientes com doença avançada (estágio IV) se apresentam com uma maior carga de sintomas como fadiga e dor, além de menor capacidade de exercer suas atividades ou ter uma vida próxima ao normal, medidas pelas escalas de funcionalidade física, social e global. Entretanto, durante o tratamento houve estabilidade ou melhora dos sintomas, incluindo desde a tosse e a dor até melhoras funcionais e emocionais. De maneira interessante e inovadora, dados sugerem que alguns sintomas relatados pelo paciente nos questionários podem ter mais impacto nos resultados do que aqueles relatados pelo médico em prontuário.
Com isso, não há dúvidas de que o registro de dados de mundo real, incluindo cuidados centrados no paciente, valorizando a percepção do mesmo sobre o seu tratamento, é um importante caminho para aprimorar a assistência à saúde.
Referências:
- https://ourworldindata.org/cancer
- https://www.inca.gov.br/imprensa/pacientes-que-sobreviveram-ao-cancer-e-familiares-adotam-habitos-mais-saudaveis-de-vida
- https://www.ichom.org/
- Boukai A, Gonçalves AC, Padoan M, et al. Outcome of Patients with breast cancer treated in a private health care institution in Brazil. J Glob Oncol. 2018 Sep; 4:1-10. doi: 10.1200/JGO.17.00143
- Araujo LH, Baldotto, CS, Monteiro MR, et al. Patient-centered outcome in non-small-cell lung câncer: a real-world perspective. Future Oncol 2021 Feb 25.doi: 10.2217/fon-2020-0991.
O que a pandemia pode nos ensinar?
Diante do advento da Covid-19, em razão da pandemia do novo coronavírus, momento em que buscamos proteger nossa existência e daqueles que amamos, o encontro com a efemeridade da vida produz efeitos singulares na vivência humana. Somado a isso, cada um de nós experiencia de forma particular as dificuldades atuais. Vejamos:
- A contaminação pelo vírus.
- O acúmulo de atividades em home office.
- A conciliação dos afazeres domésticos com as atividades escolares dos filhos.
- O acompanhamento da situação mundial pelos noticiários.
- O afastamento do convívio com amigos.
- As perdas financeiras.
- A escassez de momentos prazerosos.
- As perdas de parentes e/ou pessoas queridas, dentre outras.
Podemos dizer que atravessamos um momento transitório, um tempo intermediário da doença, no qual a reconstrução psicológica, afetiva e social acontece na medida em que há flexibilização das medidas de isolamento. Após um longo período de confinamento, surge o desejo de retomar os afazeres que trazem sentido existencial. Um recomeçar das atividades, o que se passa com certa insegurança, legado do medo de adoecer emergido com a pandemia. Se o concluir deste momento da disseminação do vírus ainda é aguardado, podemos, então, pensar no que se produz neste tempo de mudanças e ajustes, que impactam diretamente as experiências individuais.
Cada perda impõe um luto, uma despedida, ainda que temporária. A perda de alguém ou de algo importante em nossa vida implica um tempo de recolhimento, no qual o mundo fica desinteressante. Esse processo se estenderá até que possamos integrar o trabalho interno de luto, injetar energia em novas ações e reiniciar a socialização. A possibilidade de elaboração desse processo permitirá fazer reconfigurações necessárias daqui para a frente (FREUD, 1914/1915).
Contrariamente, em alguns casos, o sofrimento pode culminar em diferentes graus de ansiedade, depressão ou estresse pós-traumático, manifestações que exigem uma avaliação profissional (BROOKS, et al., 2020). Cabe lembrar que nem todos os dilemas psicológicos são qualificados como doença; neste momento de pandemia, enfrentamos uma situação nova, com a qual estamos aprendendo a lidar. Esse cenário, visto como oportunidade de pausa, pode nos servir de reflexão sobre o valor daquilo que a pandemia nos privou. O afastamento do que é valioso certamente nos nutrirá de lembranças prazerosas e, com isso, a transitoriedade da vida vai nos ajudar a valorizá-las ainda mais.
Cuidar da saúde mental passa por acolher as perdas e os afetos decorrentes desse fato histórico vivenciado. Sentir-se confuso, perdido e improdutivo são alguns dos efeitos possíveis do encontro com o inesperado. Além disso, as adversidades podem se tornar uma via de aprendizado, na medida em que implicam o reconhecimento de si e dos próprios limites. Nesse processo de ressignificação, a assistência psicológica é um recurso disponível para auxiliar o enfrentamento dos desafios e a invenção de uma saída inédita, muitas vezes difícil, mas possível.
Por: Ingrid Raiol da Silveira e Deborah Melo Ferreira | Psico-oncologistas do Americas Oncologia
Referências
BROOKS, S. K. et. al. The psychological impact of quarantine and how to reduce it: rapid review of the evidence.
Disponível em: <https://doi.org/10.1016/S0140-6736(20)30460-8>. Acesso em: 27 jul. 2020.
Escolhas sábias, melhores resultados
Temos ciência de que o contexto da saúde pessoal é influenciado por diferentes fatores. Neste ano de 2020, a natureza nos apresentou um item novo e, por que não dizer, diferente.
Todos nós estamos nos adaptando, gerando novas respostas, mudando estilos de vida, evoluindo.
Com sabedoria, entendemos que questões como a genética são de difícil ajuste, seja a genética de um vírus, seja a genética pessoal de cada um de nós. Sim, esses são fatores limitadores.
E, com ainda mais conhecimento, temos a capacidade de perceber que também possuímos fatores impulsionadores que nos ajudam a trazer melhores ganhos.
Atualmente, em razão da maior permanência em casa, tendo em vista a pandemia do novo coronavírus – COVID-19 –, passamos a ter oportunidade de melhorar a qualidade da interação com a família, de nos preocuparmos mais com a alimentação, de termos mais espaço em nossa vida para nós mesmos. E que tal, dentre tantas escolhas positivas, escolher tirar o espaço que talvez o tabaco represente na sua vida ou na de muitos?
Seja na forma de cigarro, de charuto, de cachimbo; seja na forma de narguilé, de eletrônico, de vaporizador; seja ainda na forma de mascado (pois sim, a indústria também quer ter vida confortável para si).
Nesse contexto, podemos distinguir três possíveis fatores que influenciam a saúde, são eles:
. Fixo, isto é, o genético;
. Móvel indispensável, que é alimentação;
. Móvel dispensável, que diz respeito ao tabaco.
A decisão por fazer escolhas mais sábias começa individualmente. Pense nisso!
Unindo fatores móveis, de nossa opção, podemos alcançar os resultados almejados. Pare, pondere, defina!
E, se você considerar que, para concretizar mudanças positivas, necessita de ajuda, sempre haverá canais dispostos a contribuir.
Afinal, o objetivo maior é obter os mais saudáveis e eficazes resultados.