Por Mônica Benarroz – Nutricionista do Grupo COI

O estômago é um órgão do sistema digestivo com a função de armazenar o bolo alimentar (a comida ingerida) e de ajudar na digestão dos alimentos. Na realidade, a digestão é um processo longo, que começa na boca e continua por algumas horas por todo o sistema digestivo, até o intestino grosso.

Dentre os fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de estômago, destacam-se quatro situações relacionadas com a alimentação:

1) Consumo regular de alimentos ricos em sal, carnes processadas, defumados e conservas.

2) Baixo consumo de frutas, legumes e verduras.

3) Obesidade, que normalmente é resultado do consumo excessivo de alimentos.

4) Infecção por H. pylori, que pode estar presente nas frutas e nas hortaliças que não passaram por uma higienização adequada antes do consumo.

Vale lembrar que fazer a higiene adequada de frutas e hortaliças cruas é um passo necessário na prevenção de diferentes doenças, não apenas da infecção por H. pylori. Dessa forma, as frutas e as hortaliças devem ser lavadas em água corrente e colocadas de molho em solução com hipoclorito.

Alimentação balanceada em quantidade e qualidade é uma estratégia para prevenir o câncer de estômago.

Alimentação adequada para pacientes com câncer de estômago

Dificuldade para se alimentar e perda de peso são queixas frequentes de pessoas com câncer de estômago.

A perda de peso normalmente está associada com falta de apetite, dificuldade na digestão, sensação de “barriga cheia” e dor abdominal. Por isso, toda atenção deve ser dada na escolha dos alimentos e na forma de preparação, uma vez que um alimento ou uma bebida que eram consumidos habitualmente podem provocar algum “mal-estar” ou mesmo uma “indigestão”. Isso pode fazer as pessoas comerem com medo, reduzirem a quantidade de comida, restringirem a alimentação de modo severo e, consequentemente, perderem peso.

Alguns alimentos podem provocar mais alterações na digestão que outros (ver quadro abaixo), mas normalmente essa “indisposição” é de modo particular. Logo, cada pessoa terá de testar vários alimentos e observar o que provocou mal-estar ou dificuldade na digestão.

É importante ressaltar que um determinado alimento que possa fazer “mal” num momento específico pode não fazer em outro. O ideal é manter as tentativas, fazendo o mínimo de restrição para não piorar a perda de peso.

Outra dica é fazer pequenas refeições várias vezes ao dia para evitar a sensação de estômago “vazio”, náusea e dores no estômago e, sobretudo, a oferta regular de calorias e nutrientes.
O consumo de líquidos é outro tópico relevante. Por causa da baixa tolerância aos alimentos, o consumo de água e outros líquidos também ficam reduzidos. Assim como os alimentos devem ser fracionados, o consumo de líquidos também, visto que esses são necessários para o bom funcionamento dos órgãos.

Dicas de alimentação:

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