O estigma do excesso de peso é um dos obstáculos para falarmos abertamente sobre seu impacto na saúde e os cuidados necessários visando evitar maiores danos, principalmente em paciente que teve câncer.
Uma coisa é falar de dietas de emagrecimento – muito comentadas nas mesas de bares, nas academias de ginástica e nos principais veículos de comunicação. Outra questão é dialogar de modo claro e objetivo sobre o excesso de peso, seus riscos e estratégias de tratamento.
Embora seja um assunto sério, o excesso de peso parece estar banalizado, haja vista as piadas e as propostas de dietas milagrosas veiculadas nas mídias sociais.
Mas, quando uma pessoa com excesso de peso precisa buscar ajuda de verdade com o nutricionista, percebe-se a dificuldade de falar, olho no olho, sobre as causas e as consequências desse mal e os desafios para encarar o problema.
Nesse momento, a comunicação é a grande aliada para uma relação empática e acolhedora entre o nutricionista e o paciente, permitindo uma conversa esclarecedora, sem culpa, vergonha ou estigma.
Os pacientes que já fizeram (ou estão fazendo) tratamento anticâncer devem observar as mudanças no seu corpo, pois o excesso de peso pode comprometer a saúde (ou pode impactar negativamente no tratamento). Por isso, o cuidado com a alimentação tem sua importância e certamente trará benefícios em qualquer fase do tratamento (antes, durante e depois).
Observar os quesitos de qualidade, quantidade e frequência no consumo dos alimentos é uma forma de comer bem, fortalecer o corpo sem aumentar as calorias indesejadas e ajudar no combate ao excesso de peso.
Por: Monica Benarroz | Nutricionista do Americas Oncologia