Por Mônica Benarroz – Nutricionista do Grupo COI

A lactose é um tipo de açúcar presente no leite de vaca e em alguns derivados. Esse tipo de açúcar precisa de uma enzima digestiva chamada “lactase” para fazer a digestão no intestino delgado, mas algumas pessoas não conseguem produzir a lactase de forma adequada e por isso não fazem a digestão completa da lactose. Como consequência, elas podem apresentar alguns sintomas indesejáveis como: diarreia, gases intestinais, abdômen distendido e mal-estar. Às vezes, náuseas, cólicas e até sangramento.

Hoje em dia, é muito comum a restrição total de produtos lácteos por causa da intolerância à lactose, mas nem sempre isso é necessário, já que o tipo de restrição (se parcial ou total) dependerá do tipo de intolerância (veja o quadro).

Os sintomas citados podem também ser observados em outras alterações intestinais, como a síndrome do intestino irritável, por exemplo. O modo mais simples e rápido de ajudar no diagnóstico é suspender o leite e os derivados da alimentação por duas semanas e observar se existe melhora ou não dos sintomas. Todavia somente o médico poderá fazer o diagnóstico de modo preciso e seguro.

No caso de intolerância à lactose, o que fazer?

  • Prefira consumir leite e derivados com baixa lactose ou isentos de lactose.
  • Não confunda intolerância à lactose com alergia ao leite. Na maioria dos casos, a intolerância à lactose é leve, e não há necessidade de mudar radicalmente a alimentação.
  • Mantenha uma alimentação balanceada e nutritiva.

Caso você decida eliminar o leite e os derivados da sua alimentação, lembre-se de fazer uma reposição adequada de alimentos ricos em proteína e cálcio, dois nutrientes importantes no leite e nos derivados.

Tipo de intolerancia à lactose O que acontece
Primária Redução natural da produção da enzima lactase após a diminuição do consumo de alimentos ricos em lactose (leite e derivados). Essa condição é mais comum em adultos.
Secundária Produção reduzida da enzima lactase após alguma doença como Celíaca e Crohn ou após tratamentos de radioterapia na região abdominal e de quimioterapia
Congênita Incapacidade de produzir a enzima lactase, percebida em crianças recém-nascidas. É genético e um problema raro.